A arte de falar em público

como falar em público

Oratória é  a  expressão  pública  das ideias por meio de palavras com um fim de caráter prático. Alguém disse que o poeta nasce, o orador faz-se. “Qualquer pessoa, física e mentalmente capacitada para falar, pode tornar-se um orador eficiente sem que para isso, necessite de dotes de eloquência. Basta aprender, pelo estudo e pela prática, a desenvolver suas qualidades naturais e os recursos de saber e experiência”. (Oratória Eficiente de Hoje – pág. 24). 

“Se  somos  normais, se possuímos  em ordem o aparelho de fonação, se temos inteligência, vontade, imaginação, sen- timentos e afetividade, por que não poderíamos falar, e falar bem?” (Oratória Sacra, pág. 12)


COMO FALAR EM PÚBLICO



A perícia no falar é obra da natureza, da arte e da prática, diziam os antigos.

Assim como o médico, o engenheiro, o pintor recorrem à instrução especializada para desenvolverem bem sua profissão, o orador necessita do aprendizado e da prática para o seu desenvolvimento.

2 Fora do sacrifício não há realizações que mereçam apreciação.

a) Cícero, o grande orador romano, apesar de ser o maior orador de seu tempo, não cessava de burilar o fracasso do seu discurso e  dedicar-se à filosofia.

b) Demóstenes, declamava com a boca cheia de seixos para corrigir vícios de pronúncia.

c) Thomaz Edison: “Em todo gênio há 99% de transpiração e um por cento de inspiração”.

d) D. Pedro II- “Sou dotado  de algum talento; mas o que sei devo-o à minha aplicação, sendo o estudo, a leitura... Meus principais divertimentos”.

e) Muitas vezes ao vermos os feitos gloriosos de alguém, exclamamos: “Ah! Se eu possuísse a sua inteligência”.

f) Santo Agostinho, disse: “O que um homem faz outro pode fazer”.

g) O Pastor Robert Pierson, ex-presidente   da Conferência Geral da I.A.S.D., foi aconselhado  por seu  professor  a  deixar  a  Faculdade  de Teologia porque era gago e falava mal. Insistiu, venceu, tornando-se mais tarde o líder mundial  da Organização Adventista e  um bom orador.

3 O Orador eficiente não é o que exibe qualidade de boa voz, facilidade de expressão e simpatia  pessoal, apenas. O orador eficiente é o que tendo em vista determinado objetivo, seja informar, persuadir ou  deleitar; plenamente o consegue pela influência que exerce no auditório.

a) Na mente surgem as  idéias  e  as  idéias fundamentam os discursos e lhes dão conteúdo.

b) O pregador precisa de equilíbrio emocional, naturalidade, para falar bem. Pois sua firmeza moral, suas possibilidades de  persuasão, decorrem em grande  parte, de  seu estado mental.
      
c) Com facilidade percebemos o orador embaraçado, nervoso, que treme e transpira e desenvolve esforços intérminos tentando  dizer o que sente e sabe.

d) O auditório para ele é um  campo de batalha renhida, cada ouvinte é  um inimigo, cada olhar petrifica-o  de medo.

1) Na primeira  vez  que  falei  em   público passei cerca de três minutos em pé diante  do auditório sem  coragem de  pronunciar  a primeira  palavra. Somente  depois  desse  espaço  de  tempo é que comecei  a falar  e   assim mesmo com bastante embaraço e nervosismo.

e) Isto  é  um  estado  mental que  precisa ser vencido naturalmente, pela prática.

1) À  frente  do   orador,   porém,  apenas se encontram seres humanos. Não são habitantes  de outros planetas  ou  de  outras  galáxias, com atributos intelectuais de alta perfeição.

Apenas seres humanos, iguais a nós todos, com defeitos e virtudes, altos  e baixos, gordos  e magros,  brancos  e  morenos, com diplomas e sem  diplomas, mas  sempre  seres  humanos, lamentavelmente imperfeitos e perecíveis.

Temos que ter consciência de nossas  imperfeições, das nossas falhas, para que possamos corrigi-las. Mas tudo em suas reais proporções. Somos  homens apenas, e são naturais os  nossos defeitos.
f)É lutar, pela sua perfeição com confiança absoluta em Deus.


O APERFEIÇOAMENTO PESSOAL



1. “ O  homem  é  um  ser  que  se aperfeiçoa. Pela instrução  conhece a vida;  pela educação adapta-se à vida; pela  cultura, eleva-se  na  vida... E a  leitura, principalmente a leitura, que oferece ao homem a preciosa oportunidade de se  aprimorar:Física, intelectual e moralmente”. (Oratória Sacra, pág. 24)

2. Nos livros é que se deve colher o material a ser utilizado nas palestras, nos discursos e nos sermões eventualmente proferidos.

a) É o livro, por excelência, a janela aberta do espírito, por onde penetra a luz, o  ar  puro,  tão  necessários à saúde.

Quem não lê arrisca-se a parar, sofrendo, então,  a   atrofia crescente de suas  faculdades intelectuais. E imerge gradativamente  na  escuridão e no ar  viciado da ignorância.

b) Há necessidade de saber ler. A leitura é  uma conseqüência de um estado de  espírito.  Com  o  hábito e  o  exercício,  aumentamos o poder de concentração.Não obstante, ler um só  vez  é pouco. Por maior  atenção que  tenhamos escapa-se muitas vezes, preciosos pormenores.

c) A par da atenção e da reflexão, a caneta, os apontamentos, as notas  marginais,  os  fichários. A melhor  memória  é  o  lápis  na mão. Uma frase, um conceito que nos suscite o interesse,  uma citação,  merecem registro, para não serem  esquecidos.Todo  o material  pacientemente   coletado e ordenado, integrará nossa biblioteca, como se fossem  outros livros de valor.

d) Depois muitos se admiram da  extraordinária  memória de quem  ilustra  as  exposições, verbais ou escritas, com narrativas curiosas,e oportunas, com  esclarecimentos. É fruto apenas da infalível memória suplementar: As fichas  e  as  anotações  que o socorrem a tempo, e com  a eficiência desejada.

3. A Escola da Vida tem só uma disciplina: “OBSERVAÇÃO”.

a) Muitos olham mas não vêem. Outros ouvem mas não escutam.

b) O observador deve tirar lições de     uma cena de rua. Um passeio, que poderia ser apenas de interesse recreativo, oferece ao bom observador motivo de instrução.

4. Portanto aquele que quer se  desenvolver na arte  de falar em  público deve aproveitar todas  as  oportunidades para tirar lições que o habilitem a sempre melhorar.


CONCLUSÃO



1. Fruto da  evolução,  como  tudo  no mundo, a oratória eficiente deixou de revestir-se da grandiloquência e excesso de pompa, hoje ultrapassados, para tornar-se a arte de comunicação,  que  exige  compreensão de idéias, fatos, sentimentos,  opiniões  e  situações,  entre  orador  e ouvinte. Nem por isto a oratória prescinde das regras da retórica.” arte de ordenar o discurso” e da eloquência. “arte de persuadir”. 


2. Qualquer ser humano pode ser um orador bom com tendência a se tornar excelente, desde que esforce-se para vencer todos os obstáculos que exijam sacrifícios ou mesmo renúncia, buscando um aperfeiçoamento pessoal e constante através da experiência do dia a dia na teoria e na prática. E assim alcançará o objetivo de uma oratória eficiente no contexto do século atual. 

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1 Comentários

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